terça-feira, 14 de agosto de 2012

Seja um idiota!


A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!

por Arnaldo Jabor

quinta-feira, 15 de março de 2012

O medo e o senso de preservação.

Alô, e você?

Eu me considero uma pessoa medrosa. De verdade.

Ultimamente tem chovido muito na cidade de São Paulo. É muita água que cai desse céu cinzento, que fica até preto nalgumas oportunidades.
Não é uma simples chuva. Chuva não intimida. Mas essa que tem caído, ou melhor, que tem sido arremessada sobre a capital, me faz cagar. É algo inatural, grotesco e de extrema esquerda. Tempestade!

Meus amigos. Nunca tive medo de chuva. Aliás sempre gostei muito da chuva, especialmente quando era mais novo. Mas agora, depois de crescido, cheio de responsabilidades de gente adulta, eu me derreto de medo quando fico sabendo que vai chover.

Não é brincadeira, gente. A chuva vem prá fazer você sentir mais impotente do que de fato já é. E eu fico apavorado com essa sensação.

Não é medo molhar-se ou de perder o trem. É o fato da chuva conseguir reduzir sua qualidade de vida. Você tem a possibilidade de perder tudo o que conseguiu na sua vida depois de um toró de 5 minutos.

Como não ter medo disso?

Mas não tenho medo apenas da chuva.

Tenho medo de altura. Tenho medo de extraterrestres. Tenho medo de lesma. Medo de água viva.

Sinto medo de quase tudo na verdade, em intensidades diferentes.

Mas eu não tenho vergonha em ser medroso. Faço questão que todos saibam.

Isso por que acredito que meu medo está aliado ao meu senso de preservação. O meu medo me transforma automaticamente num sobrevivente, pois o segredo não está na forma como você enfrenta o perigo, e sim na forma como você sobrevive a ele. E o medo faz que você seja mais comedido e cauteloso.

Não é tudo nessa vida que você tem que bater de frente.

Você realmente acredita que pode enfretar um urso pardo cara-a-cara com uma faca de combate? Poxa vida! Vá em frente amigão! Eu fico aqui cuidando das crianças e das mulheres.

Muita gente perde a noção do que elas podem ou não enfrentar. Temeridade é uma virtude perigosa se não é usada com sabedoria. E além disso, oque as pessoas querem provar em atos de coragem? Seria uma reafirmação de masculidade e capacidade? Seria uma forma de demonstrar invulnerabilidade? Sei lá!

Só sei que o medo não é uma coisa ruim. Ele é um alerta natural de perigo iminente. E não precisa necessariamente estar ligado ao irracional. É apenas preciso saber quando explorá-lo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O combate contra o sono e as dores perpétuas...

Oi, e você?

Tenho um problema.

Estou com sono. Sério.

Mas tem um detalhe nessa condição que a transforma imediatamente num paradoxo interessante: eu não consigo dormir!

Pode até parecer que eu esteja supervalorizando essa situação. Entretanto, já faz um bom tempo que venho tendo essa sensação de quase morte, que é passar o dia com sono, chegar em casa podre mas, mesmo assim, não conseguir dormir.

Esse é um problema de muita gente. Tenho certeza.

Mas falando por mim, a verdade é que ando cheio de coisas acontecendo na minha cabeça, que não é pequena. Quando tento dormir, estou pilhado, pensando já nos 5 dias seguintes. Trabalho, família, dinheiro, amigos, futuro... Uau!

E tem mais...

Nenhuma de minhas distrações é realmente calmante. Gosto de ler; de fuçar na internet; de assistir TV e jogar videogame. De que jeito meu cérebro vai parar?

Não vai... Só se for depois de um AVC. Muita gente tem esse problema, tenho certeza!

E quando finalmente consigo dormir, durmo da maneira mais imbecil que um pessoa pode dormir. Todo destroncado, com a cabeça de um lado, a coluna em forma de "Y" (sim... deve nascer outra cabeça em mim durante a madrugada) e as pernas entrelaçadas...

Então, quando acordo, é dor que não acaba mais.

Alguém me perguntou por estes dias se eu sou hipocondríaco. Eu disse que não, imagina! Mas aí fiquei encafifado com esse comentário. Mais um motivo para eu ficar pilhado! Muita gente ficaria, tenho certeza...

Vivo tomando analgésicos e anti-inflamatórios. E isso me fez parar para pensar com calma a respeito...

Há anos eu sinto dores pelo corpo. E especialmente minha cabeça dói. Também meu estômago, intestino, articulações e as vezes não respiro direito... Caralho...

Evidentemente, apesar de odiar remédios, eu sempre me entupi dessas delícias que amenizam todas as dores.

Soei um tanto ambíguo nessa parte, né? Pois é...

A coisa interessante disso tudo é que prova-se que tenho uma tendência em combater as dores paliativamente. Muita gente faz isso, tenho certeza.

É muito mais simples fazê-las irem embora por algumas horas, até que você consiga concluir algo que esteja fazendo do que trilhar ao caminho correto e buscar ajuda médica.

Convivi tanto tempo com dores aleatórias que me acostumei a elas. Vivo tanto tempo lutando contra o sono  para pensar nas minhas responsabilidades, que consegui transformar algo que deveria ser passageiro numa rotina degradante.

Conclui-se, assim, que tornei-me um especialista em perpetuar, por inércia, o que não é bom.

É melhor eu tomar meu analgésico e ir deitar para pensar sobre tudo isso.Tenho certeza, que muita gente faria isso.



domingo, 11 de março de 2012

Am I blogger?

Olá, e você?

Para começo de conversa, essa coisa de blog ainda é algo meio novo para mim, mesmo que meu blog já tenha quase 5 anos de idade.

É uma grande confusão montar um blog, na verdade. Você precisa pensar em muitas coisas: como será o layout, o padrão de cores, o título do blog e, principalmente sobre quais assuntos tratar nele. É um processo que muito chato mas que estou disposto a enfrentar!

Eu, por exemplo, não faço a menor idéia sobre o compartilhar aqui! Mas confesso que não estou muito preocupado com isso... Gosto de falar sobre tudo. Desde trivialidades até sobre política e economia, sendo estes dois últimos exemplos uma grande mentira da minha parte.

Falar sobre coisas inúteis é bastante legal e costuma ser bastante produtivo. Produtivo a ponto de você perceber que determinado assunto apenas parece trivialidade, mas não é. No final, acho que é essa a intenção deste blog: tratar o trivial como importante...

Se eu conseguirei de alguma forma isso, aí já é outro papo!

Então, nesta tentativa de compartilhar meus pensamentos sobre as coisas, decidi começar tratando um assunto que percebi ser uma preocupação de boa parte dos jovens brasileiros recém formandos, que estão há pouco tempo no mercado ou que acabaram de ingressar no seu primeiro emprego. E eu cheguei nesta conclusão estatística enquanto estava bêbado. Talvez por isso eu tenha exagerado na descrição do assunto... Mas eu juro que tem fundamento!

Nesta última sexta-feira, estava eu num happy hour com alguns de meus companheiros de trabalho, depois de uma semana um tanto tensa na empresa. As coisas já começavam a girar na minha cabeça depois de algumas caipirinhas quando, de repente, me vi participando de uma conversa muito interessante com uma de minhas colegas.

Falávamos sobre pais problemáticos, diversão, sobre admirar as pessoas e aprender inglês!

Não ligo para os três primeiros tópicos! Pelo menos não neste momento!

O que me chamou atenção foi o fato desta minha amiga ter desabafado com tanto pesar sobre sua capacidade de aprender o idioma inglês. Ela queixou-se que há muita dificuldade por parte dela em memorizar determinadas coisas, as metodologias aplicadas em sala de aula não agradam e blablablá!

Não foi a primeira vez que alguém reclama para mim sobre o processo de aprendizado do idioma inglês... Entretanto, isso só aconteceu quando estas pessoas me ouviram falando inglês. Não sei. Dizem por aí que meu inglês é muito bem falado. E deve ser mesmo... Eu me dediquei para que isso acontecesse! E as pessoas pensam que eu sou uma espécie de oráculo do idioma.

O que me parece é que para a grande maioria das pessoas, aprender um novo idioma é um processo que machuca suas almas! Pura tortura!

Como criar um blog...

Mas é claro que, pensando desta maneira, estas pessoas estão condenadas a só falar o português incorretamente pensando que falam da maneira correta, até o fim de suas vidas, conformando-se com a realidade de que é importante falar outro idioma da maneira incorreta pensando que está falando da maneira correta. Assim como eu, se continuar pensando desta maneira, nunca farei meu blog vingar, pensando que ele é realmente propenso a isso...

Existe uma fator crucial que norteia a capacidade das pessoas em não conseguir fazer todos aqueles "whats" e "wheres" e "to bes" entrarem em suas cabeças ocas.

A pressa! Queremos tudo para ontem. Hoje em dia, as coisas precisam acontecer rapidamente. Todas as necessidades ou exigências precisam ser atendidas imediatamente. E quando não acontecem, fica a sensação de que você ficou para trás! Isso faz com que percamos o contato com o saber de que tudo deve ocorrer a seu tempo para que aconteça da melhor maneira possível. E sim; eu me incluo neste grupo.

Não adianta iniciar um curso de idioma estrangeiro e já querer sair falando depois da primeira aula. Não adianta montar um blog e esperar que cem mil pessoas o acessem no primeiro dia! Não que este seja meu objetivo... Mas vocês entenderam!

E mesmo que você queira que as coisas aconteçam mais rapidamente, dedicação e até mesmo um pouco de sacrifício, sem falar na inteligência, obviamente, são essenciais para que tudo caminhe para seu objetivo.

Mas por que tratar este assunto como se estivesse dando um sermão nestas pessoas?

A questão não é nem transformar tudo isso num sermão. A verdade é que eu simplesmente não aguento mais ouvir as pessoas reclamando de coisas ridículas. Para aprender um novo idioma e, sobretudo, para dominá-lo, é preciso lembrar que você é um ogro ignorante que está aprendendo a falar de novo; lembrar também que você não nasceu falando seu idioma nativo e que só o aprendeu pela convivência. E ter plena consciência que esse processo leva tempo e que não existem fórmulas mágicas para sair falando em um mês.

Essa é uma análise simples, que qualquer pessoa tem condições de fazer. Mas, ao invés de tentar entender a melhor forma de atingir um objetivo, elas preferem reclamar e subestimarem-se. Assim como eu faço com meu blog...